Recebemos este email, por via personalizada de um nosso Companhero Ia.
Dizia ele (o Ia) que "Sinceramente não estou a "ver" quem é o Amigo, Irmão, e Companheiro HELDER V. SOUSA, mas que ele me conhece ... lá isso conhece".
Por acharmos que o conteúdo é de uma grande riqueza de hombridade, de dignidade, de solidariedade e de fraternidade, achamos bem partilha-lo.
Acreditamos que, quem tem amigos assim é um Homem Livre e de bons costumes, é por ter Amigos assim que o Ia é um Homem espiritualmente rico.
Assim, passamos a transcrever a mensagem:
Caro amigo Ia
Agora que já passou a época das prendas de Natal, talvez o ambiente seja mais propício para se falar das coisas da Vida.
Lembro-me que quando fui 'estudante profissional' ter visto em 1969, salvo erro, uma edição de poesia da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa em que, entre outros, vinha lá um poema, cujo autor não me lembro e cujo tema pode parecer que não é apropriado, mas acho que pode ter algum paralelismo, e que era assim:
Foi Carnaval!
Todos tiram as máscaras, Já ninguém se conhece! Ou seja, enquanto Tarzan, Zorro, Napoleão, Espanhola, Bombeiro, Enfermeira, Bailarina, Super-Homem, etc. eram sempre reconhecidos e identicados mas, passada a ocasião voltava-se ao mesmo anonimato, à mesma indiferença.
Com o Natal passa-se um fenómeno semelhante.
Diz-se amiúde 'boas festas' mas, de quê?, de quem?, porquê? E é ver pessoas que durante um ano inteiro se entretêm a fazer a vida num inferno aos que os rodeiam (ou aos que governam), a colocar aquele ar pungente, bonzinho, paternalista, 'amigo', desejando um 'bom Natal', 'festas felizes', etc. Quantas vezes o 'motivo' da Festa não é totalmente excluído da mesma?
Quem se lembra, neste espaço de civilização judaico-cristã, que se comemora exactamente o nascimento do Filho de Deus? Que, por esse acontecimento, o nascimento do que nos iria redimir, é aberto, iniciado, um ciclo de vida que, segundo esses ensinamentos civilizacionais, nos levará à via da salvação?
Também nas civilizações pré-cristãs esta época era motivo de grandes festejos. Não se esqueçam que o nosso povo tem um ditado que diz " pelo Natal, um pulinho dum pardal " , referindo-se ao crescimento dos dias, já que o Solstício de Inverno ocorre poucos dias antes, a 21 de Dezembro.
Ora acontece então que sendo o Solstício o acontecimento que marca 'o Sol parado' ou seja, o momento em que se inverte a predominância das trevas sobre a luz, em que os dias passarão a ganhar cada vez mais espaço em detrimento da noite, em que a Vida inicia um novo ciclo de crescimento até à Primavera com toda a sua pujança, culminando no Verão, voltando depois a completar o ciclo com a Ordem Natural das coisas, pode-se encontra aqui também uma proposta de orientação para os tempos que se aproximam.
Seja então o Natal cristão, seja a ordem dos ciclos da natureza , temos a exaltação dum Início.
O começo da caminhada para a remissão dos pecados, o começo dum novo ciclo de vida. Que seja pois encetada com todo o entusiasmo, com toda a coragem, com toda a confiança, a caminhada que cada um terá que fazer no Novo Ano que se avizinha e que, para variar, não se augura promissor.
Será a nossa determinação em "ousar lutar para ousar vencer" que poderá marcar a diferença!
Que tenham tido então umas 'Festas Felizes'!
Que tenham então um Novo Ano pleno de satisfação!
Assim, passamos a transcrever a mensagem:
Caro amigo Ia
Agora que já passou a época das prendas de Natal, talvez o ambiente seja mais propício para se falar das coisas da Vida.
Lembro-me que quando fui 'estudante profissional' ter visto em 1969, salvo erro, uma edição de poesia da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa em que, entre outros, vinha lá um poema, cujo autor não me lembro e cujo tema pode parecer que não é apropriado, mas acho que pode ter algum paralelismo, e que era assim:
Foi Carnaval!
Todos tiram as máscaras, Já ninguém se conhece! Ou seja, enquanto Tarzan, Zorro, Napoleão, Espanhola, Bombeiro, Enfermeira, Bailarina, Super-Homem, etc. eram sempre reconhecidos e identicados mas, passada a ocasião voltava-se ao mesmo anonimato, à mesma indiferença.
Com o Natal passa-se um fenómeno semelhante.
Diz-se amiúde 'boas festas' mas, de quê?, de quem?, porquê? E é ver pessoas que durante um ano inteiro se entretêm a fazer a vida num inferno aos que os rodeiam (ou aos que governam), a colocar aquele ar pungente, bonzinho, paternalista, 'amigo', desejando um 'bom Natal', 'festas felizes', etc. Quantas vezes o 'motivo' da Festa não é totalmente excluído da mesma?
Quem se lembra, neste espaço de civilização judaico-cristã, que se comemora exactamente o nascimento do Filho de Deus? Que, por esse acontecimento, o nascimento do que nos iria redimir, é aberto, iniciado, um ciclo de vida que, segundo esses ensinamentos civilizacionais, nos levará à via da salvação?
Também nas civilizações pré-cristãs esta época era motivo de grandes festejos. Não se esqueçam que o nosso povo tem um ditado que diz " pelo Natal, um pulinho dum pardal " , referindo-se ao crescimento dos dias, já que o Solstício de Inverno ocorre poucos dias antes, a 21 de Dezembro.
Ora acontece então que sendo o Solstício o acontecimento que marca 'o Sol parado' ou seja, o momento em que se inverte a predominância das trevas sobre a luz, em que os dias passarão a ganhar cada vez mais espaço em detrimento da noite, em que a Vida inicia um novo ciclo de crescimento até à Primavera com toda a sua pujança, culminando no Verão, voltando depois a completar o ciclo com a Ordem Natural das coisas, pode-se encontra aqui também uma proposta de orientação para os tempos que se aproximam.
Seja então o Natal cristão, seja a ordem dos ciclos da natureza , temos a exaltação dum Início.
O começo da caminhada para a remissão dos pecados, o começo dum novo ciclo de vida. Que seja pois encetada com todo o entusiasmo, com toda a coragem, com toda a confiança, a caminhada que cada um terá que fazer no Novo Ano que se avizinha e que, para variar, não se augura promissor.
Será a nossa determinação em "ousar lutar para ousar vencer" que poderá marcar a diferença!
Que tenham tido então umas 'Festas Felizes'!
Que tenham então um Novo Ano pleno de satisfação!
Hélder V. Sousa
BOM ANO NOVO
O TEMPO
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para diante, vai ser diferente."
Carlos Drummond de Andrade
Poeta Brasileiro
WISHING YOU A VERY HAPPY NEW YEAR TO COME
«The guy who had the idea of slicing the time to pieces,
which put together make a whole year, was a genius.
He invented an industry of Hope, made it work to the point of exhaustion.
Twelve months make any human being feel tired and give up.
Then, there comes the miracle of renewal and we start all over again,
with a fresh number and the new will to believe
that from now on, it is going to be different»
Carlos Drummond de Andrade
Brasilian poet
Beijos and Kisses
Forum Cidadania Azeitão
O TEMPO
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para diante, vai ser diferente."
Carlos Drummond de Andrade
Poeta Brasileiro
WISHING YOU A VERY HAPPY NEW YEAR TO COME
«The guy who had the idea of slicing the time to pieces,
which put together make a whole year, was a genius.
He invented an industry of Hope, made it work to the point of exhaustion.
Twelve months make any human being feel tired and give up.
Then, there comes the miracle of renewal and we start all over again,
with a fresh number and the new will to believe
that from now on, it is going to be different»
Carlos Drummond de Andrade
Brasilian poet
Beijos and Kisses
Forum Cidadania Azeitão
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