Assine já a nossa NEWSLETTER

08/12/2011

Entrevista do jornal "O Setubalense" á Presidente da Junta de Freguesia de São Lourenço de Azeitão

«Vai chegar o dia em que os azeitonenses terão “Azeitão uma região, uma freguesia”»

Celestina Neves
Pres.Junta Freg.S.Lourenço Azeitão
A favor de uma reforma administrativa que contemple a fusão das duas juntas de freguesia de Azeitão, Celestina Neves lembra o trabalho realizado nos últimos dois anos de mandato na Junta de Freguesia de S. Lourenço e indica os muitos projectos a concretizar nos próximos anos.
«O Setubalense»: O que é que realça destes dois anos de mandato à frente desta junta?
Celestina Neves: Realço o muito trabalho que foi feito. Quando cheguei e vi o estado caótico em que se encontrava esta freguesia, cheia de dívidas, não estava à espera que fosse possível fazer tanto trabalho. O balanço é muitíssimo positivo. Penso que se fez mais trabalho nestes últimos dois anos do que nos anteriores oito, em que cá esteve outro executivo.
«O Set.»: Quais foram os principais problemas que encontrou quando tomou posse?

C.N.: Quando tomei posse encontrei problemas de toda a ordem: mais de cem mil euros de dívidas; a organização da junta de freguesia estava toda desorganizada, sem inventário, sem procedimentos administrativos obrigatórios por lei, sem SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública); os funcionários estavam muito desorganizados e trabalhava já cada um para seu lado. Era uma junta absolutamente desorganizada e fora do contexto normal de funcionamento de qualquer órgão autárquico. O que quer dizer que houve um trabalho muito grande, interno, que não é visível para as populações, que foi conseguido com muito esforço.
«O Set.»: Quais foram as intervenções deste executivo que obtiveram um maior impacto na vida dos fregueses?
C.N.: Foi o Azeitão Bacalhôa Parque, porque aquilo era uma lixeira, uma venda de lenha e o resto tudo mato e palha. Foram os campos de futebol de relva sintética, a freguesia, existindo agora três. E tem sido também a intervenção cultural e tradicional. Além da câmara municipal ter feito aqui um grande esforço ao nível dos asfaltos e do saneamento básico. Penso que hoje as populações já notam as diferenças, quer em termos de higiene e limpeza, quer em termos de espaços verdes, quer em termos da calçada, do lancil. As populações, elas próprias reconhecem que há uma grande diferença relativamente ao que encontrámos quando cá chegámos.
«O Set.»: O projecto da câmara municipal “Ouvir a população, construir o futuro” tem ajudado a resolver algumas das queixas da população?
C.N.: Tem resolvido muitíssimos problemas. Tenho-me dado ao trabalho de ir “descascando” tudo o que já foi feito e chego à conclusão de que, de facto, têm andado a cumprir muita coisa. Estamos a falar de intervenções relacionadas com asfaltos, passeios, passadeiras, arranjos de muros e de espaços verdes. Aquelas chamadas “pequenas grandes coisas” que muito dizem às populações. Os grandes melhoramentos são realizados pela câmara, ao nível de asfaltos e de saneamento básico, mas em tudo o resto a junta tem sido uma parceira efectiva da câmara municipal.
«O Set.»: Relativamente ao protocolo de descentralização de competências, considera que está ajustado à realidade desta junta de freguesia?
C.N.: Nós temos que viver no país em que estamos e por isso compreendo que a câmara municipal não tem mais recursos para aumentar a descentralização. Mas, se não fosse essa a situação, defenderia mais descentralização para esta freguesia porque tínhamos forma de cumprir com novos protocolos.
«O Set.»: Há pouco falava de uma parceria efectiva entre a junta e a câmara. Além da descentralização de competências, em que consiste essa parceria?
C.N.: Esta junta, contrariamente a outras, não se limita a alertar a câmara para as grandes obras que são necessárias, ajudamos a arranjar o financiamento para essas obras e penso que só assim é que se consegue. Estou a lembrar-me de duas grandes obras feitas nesta freguesia. Uma foi o Azeitão Bacalhôa Parque, feito numa parceria entre a junta, a câmara e o mecenato e empresários. Quando apresentámos o projecto à câmara já tínhamos parte do investimento assegurado. Outra grande obra que fizemos, foram os campos de futebol de relva sintética. Temos uma colectividade que é o CCDBA (Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão) que tem nesta altura 330 jovens inscritos em vários escalões de futebol que jogavam na lama. Quando fomos à câmara, já levávamos orçamento e grande parte do financiamento assegurado. A câmara não tem recursos para resolver todos os problemas e só se nos juntarmos todos – câmara, empresas e particulares, se consegue fazer um melhor trabalho para as populações.
«O Set.»: Além das obras que indicou, a junta tem também reavivado tradições e criado novos eventos na freguesia, não é assim?
C.N.: Sim, não nos temos limitado à criação de infra-estruturas, temos ido à história, temos recuperado as tradições de Azeitão, nomeadamente a queima de Judas em Oleiros, que houve este ano, como antigamente se costumava fazer. Também concebemos e tem sido um êxito, a Feira de Sabores e Tradições de Azeitão. Temos trabalhado com artistas das nossas colectividades, nomeadamente nos “domingos de teatro”, que se realizaram no Verão, no Convento da Arrábida. Estavam previstas onze sessões e acabaram por acontecer 13 ou 14 porque estiveram sempre esgotadas e foram feitas em colaboração com artistas amadores das colectividades e com a companhia de teatro “Fatias de Cá”, de Tomar, que fez workshops com os nossos artistas. No Natal, fizemos a feira de Natal, tivemos concertos em todas as capelas e igrejas da freguesia e este ano vamos ter novamente. Tivemos também presépios vivos. Temos tido preocupações culturais com as tradições da terra e é assim que queremos continuar.
«O Set.»: Quais são as suas prioridades para a segunda metade do mandato?
C.N.: Em termos de projectos será, continuar a resolver, em conjunto com a câmara, os problemas de saneamento básico. A câmara iniciou este ano uma grande obra em Vale de Canes, em Brejos, que irá custar 800 mil euros. Não nos podemos esquecer que parte dos Brejos de Azeitão, tanto em S. Simão, como em S. Lourenço, a urbanização começou de forma ilegal e anárquica, há 30 e tal anos e são questões muito difíceis de resolver e essa será uma das minhas prioridades. A minha próxima obra será recuperar os antigos lavadores de Vila Nogueira, ao lado da igreja. É uma obra que está orçada em 200 mil euros. Teremos também a construção do novo posto de turismo no Rossio. A própria entrada de Vila Nogueira também será recuperada. Temos já os projectos prontos para refazer as quatro rotundas que estão nesta freguesia, que são da responsabilidade da Estradas de Portugal, para ficarem rotundas dignas de Azeitão. Para isso estamos a trabalhar com empresas da freguesia, até algumas fora da freguesia, para cada uma dar o seu contributo. A câmara tem também um projecto de requalificação da rua José Augusto Coelho. Os projectos estão quase feitos, a câmara vai candidatar-se aos fundos comunitários para a requalificação de centros históricos e penso que também esse projecto irá em frente. Será continuar a qualificação dos nossos espaços, das nossas ruas, continuar com um grande esforço na higiene e limpeza, o tapar o buraco, compor a calçada e temos muito trabalho pela frente.
«O Set.»: Percebo que tem apostado no mecenato. Considera que essa poderá ser uma forma de eventualmente conseguir concretizar outros projectos?
C.N.: Tem que ser. A junta de freguesia tem obras de muitas centenas de milhares de euros mas não tem orçamento para as realizar. As obras que referi só serão concretizáveis com o envolvimento das empresas e muitas vezes até de particulares que têm aderido, até com trabalho próprio. A minha maneira de trabalhar, mesmo quando estava em S. Simão foi sempre de grande envolvimento do tecido empresarial. O Azeitão Bacalhôa Parque só nessa base é que foi feito. A câmara entrou com 150 mil euros, o resto foi a junta e o mecenato e ali está uma obra de quase 500 mil euros. Relativamente aos campos de futebol também foi obra de 300 e tal mil euros e a câmara entrou com cem mil.
«O Set.»: Qual é a situação financeira desta junta actualmente?
C.N.: Esta junta não tem dívidas. Em termos de orçamento é claro que é pequeno e tem vindo a ser cortado pelo governo central e uma freguesia com esta dimensão é muito difícil gerir. Eu defendo uma reforma de recursos e meios. Por exemplo, se esta junta há 12 anos tem um protocolo de descentralização de competências relativamente à recolha de monos, porque é que não há-de ser o governo central a transferir essa competência para a junta e a dar-lhe os meios. Defendo que deve ser dado às freguesias mais meios financeiros e outras competências. A reforma administrativa não é só riscar o mapa.
«O Set.»: Qual é a sua posição no que respeita à reforma da administração local?
C.N.: Eu sou defensora da reforma administrativa. Aquilo que foi feito foi criar uma matriz com determinados itens, o país foi metido dentro daquela matriz e deu aquilo. Eu penso que a reforma administrativa não pode ser só isso. No caso concreto desta região, eu sou defensora de uma só freguesia. As pessoas vivem em Azeitão, são azeitonenses e é o queijo de Azeitão, as tortas de Azeitão, a GNR de Azeitão, os bombeiros de Azeitão... Portanto, isto acaba por ser uma unidade e penso que a população de Azeitão teria a ganhar se Azeitão se unisse. Quando alguns são contra a união de Azeitão, justificam com argumentos falaciosos e de ocasião, como “perdem-se postos de trabalho e as populações deixam de ser tão bem atendidas”. Isso é mentira! Quando fui presidente da freguesia de S. Simão, criei uma delegação nos Brejos de Azeitão para atender a população. Agora, aqui em S. Lourenço, também vou semanalmente atender a população de Brejos. Nos tempos de hoje as pessoas são atendidas da mesma forma em todos os sítios, desde que se criem as condições para tal. A reforma administrativa não vai acabar em 2012 ou 2013 e vai chegar o dia em que os azeitonenses terão “Azeitão: uma região, uma freguesia”. Acredito que a reforma administrativa não se pode esgotar na matriz que foi criada, onde as freguesias de Azeitão não são contempladas.
In O Setubalense 05/12/2011/Vera Gomes

Entrevista do jornal "O Setubalense" ao presidente da Junta de Freguesia de S. Simão de Azeitão

“Transportes e centro de saúde são as maiores preocupações”

João Carpelho
Pres.Junta Freg. S. Simão Azeitão
Presidente da Junta de Freguesia de S. Simão há cerca de dois anos, João Carpelho falou-nos da obra desenvolvida naquela localidade, dos projectos já definidos para o próximo ano e da grande ajuda que foi o protocolo de descentralização sem o qual, garante, mais de metade da obra realizada não teria sido possível. A procura desta freguesia, por parte de casais jovens que ali fixam residência é, segundo o presidente, motivado pela situação geográfica, mas também pela grande oferta a nível cultural, desportivo e educacional.
“O Setubalense”: Há dois anos atrás, quando chegou à presidência desta junta de freguesia, quais os projectos que trazia e quais as carências que encontrou?

João Carpelho: Há necessidades que têm muito a ver connosco e há outras com o bem-estar e serviços prestados à população. Diria que encontrámos uma freguesia organizada, limpa e foi nossa pretensão dar continuidade a esse trabalho. A partir daí identificámos algumas necessidades, até porque o trabalho não é estanque, evolui de acordo com as pretensões e com a análise dos executivos, e decidimos avançar com algumas obras.

“O Set.”: E quais foram as prioridades?

J.C.: A prioridade foi o estaleiro, porque sabemos que estamos numa freguesia que tem vindo a crescer - em 24 quilómetros quadrados temos uma população de 7.500 habitantes, dos quais 5.400 são eleitores – e era importante dar uma melhor resposta à população, assim como criar melhores condições para os nossos trabalhadores. Para além disso, era necessário fazer melhoramentos pontuais, nomeadamente a construção das gares para os contentores dos resíduos sólidos urbanos, a aplicação e substituição de papeleiras na freguesia. Demos ainda prioridade à construção de muitos metros de passeios, sobretudo na zona de Brejos, que é a área mais carenciada nessa matéria. Tivemos ainda a intervenção na recuperação dos fontanários existentes nesta freguesia, no Largo do Chafariz, através de uma parceria entre a junta e o proprietário da quinta confinante e na rua da Chapeleira, também recuperado pelo proprietário confinante. Aliás, quero frisar que grande parte das obras realizadas nesta freguesia só foi possível graças ao protocolo de descentralização de competências, sem o qual muita coisa não tinha sido feita.

“O Set.”: Os espaços verdes foram também uma das prioridades…

J.C.: Sim, os espaços verdes foram também uma das áreas onde intervimos, nomeadamente através da remodelação de dois espaços, mais concretamente na urbanização Casas de Azeitão onde construímos também um campo de volei de praia…

Entretanto, fizemos também, num espaço envolvente e no ano seguinte, um campo de basquete para a rapaziada fazer ali os seus jogos, isto num espaço contíguo a um parque infantil já existente. Também melhorámos, consideravelmente, um espaço verde na rua de S. Gonçalo, para além da limpeza em muitas valas, remodelamos 10 canteiros existentes em Vila Fresca, igualmente com a colaboração da população…

“O Set.”: Quando fala em colaboração da população está a referir-se a que tipo de colaboração?

J.C.: Em mão-de-obra, essencialmente! Muito embora no caso da remodelação nas Casas de Azeitão, a população tenha colaborado com mão-de-obra (que é um factor importantíssimo), mas também ajudou a custear alguns materiais. Aliás, antes de qualquer intervenção, fazemos um plenário com a população, explicamos a intenção, a obra e conseguimos envolver as pessoas que, desta forma, ficam mais sensibilizadas para preservar os espaços e perceberem melhor o esforço que as autarquias fazem nessa matéria…

“O Set.”: Portanto, um dos objectivos da junta é ouvir as populações, aceitar sugestões e, dessa forma, sensibilizá-las para a preservação de um património que ajudaram a edificar?

J.C.: Sem dúvida! E temos tido, felizmente, bons resultados. Muito embora, seja certo que não estamos numa área de grande vandalismo, mas há sempre cuidados a ter e com a população atenta é uma forma de ajudar a preservar. Importa também dizer que a câmara municipal também foi factor importante, nomeadamente nas autorizações e no fornecimento de alguns materiais.

Quero reforçar uma obra importante, que foi feita na rua de Setúbal – a que dá acesso ao Alto das Necessidades -, com a construção de um passeio para salvaguarda de peões, onde antes era somente um caminho que culminava com um talude algo perigoso, e que nós conseguimos recuperar, também com a parceria da câmara municipal, e felizmente agora está dotado de condições de segurança, até porque os cedros que ali existem, situados numa quinta privada, o proprietário foi sensível aos nossos argumentos e mandou cortar as ramadas que confinavam para a via pública e obrigava os peões a vir para a faixa de rodagem.

“O Set.”: Ainda relativamente a realização de obras, quais são os projectos que se seguem?

J.C.: Consideramos ser muito importante a remodelação da Capela Mortuária já no próximo ano. Outro projecto a realizar é num espaço de lazer, na Quinta do Bom Pastor, o qual já iniciámos (no âmbito da campanha Setúbal Mais Bonita) e que queremos melhorar. Também em 2012 queremos recuperar o lavadouro público de Vendas de Azeitão e queremos ainda dar continuidade à construção de passeios públicos em Brejos, uma lacuna existente mas a qual estamos a dar toda a atenção. Quanto aos espaços verdes, queremos recuperar dois espaços: um na rua da Escola, em Brejos e outro na rua Raul Rego, em Vendas. São dois espaços que não são muito grandes, mas importa olhar para eles com algum cuidado até porque têm parques infantis envolventes e queremos dar um ar mais airoso àquelas áreas.

“O Set.”: Embora considerada área rural, esta freguesia está a ser procurada por famílias que aqui querem fixar residência e que não se englobam nos padrões de população rural…

J.C.: Sim! São jovens casais que procuram esta área por várias razões, nomeadamente pela oferta escolar, um dos requisitos importantes para o futuro das famílias e a câmara municipal também tem estado muito atenta a equipar as escolas com bons equipamentos, para além da localização geográfica – muito perto de Setúbal e Lisboa, com Palmela e Sesimbra aqui ao lado – das acessibilidades e tendo ainda em conta a perspectiva da terceira travessia, ficamos de facto bem localizados. Para além disto, as ofertas a nível de cultura e desporto são muito importante e a freguesia pode dar resposta a todos os que nos procuram, porque há que ocupar os tempos de lazer.

“O Set.”: Estamos a falar de que tipo de opções?

J.C.: São várias as opções, quer do ponto de vista musical, cultural e desportivo. Temos três colectividades, às quais damos total apoio, cada uma delas com várias actividades que passam pela formação musical, formação em várias vertentes desportivas, dança, artes marciais e muitas outras opções. Ou seja, as três colectividades complementam-se e temos uma oferta variada. Estamos ainda a ajudar o Clube Real da Malha, constituído por um grupo informal ao qual resolvemos propor a legalização. A importância deste grupo é que trabalha com um segmento populacional que, normalmente, é esquecido e que são pessoas a partir dos 50 anos, sem deixar de referir, para este sector da população, a Universidade Sénior de Azeitão a quem damos todo apoio e que estamos a acompanhar na criação, para além de cedermos espaço (tal como a União e Progresso) para o seu funcionamento.

No entanto, as iniciativas são várias e, entre as várias colectividades e associações, não podemos esquecer o Núcleo de BTT de Vila Fresca que tem feito um trabalho notável, com iniciativas de relevo.

“O Set.”: Existe mais algum projecto que gostaria de ver concretizado a curto prazo?

J.C.: Um dos projectos que consideramos importante para esta freguesia é a construção de ciclovias. Neste momento existe já um projecto municipal, que estamos a acompanhar, para a implementação das mesmas sendo que a sua construção é por nós considerada importante porque irá, seguramente, permitir uma maior e mais fácil mobilidade da população, ao mesmo tempo que se cria uma outra vertente desportiva e de laser.

Por outro lado, as ciclovias serão ainda uma óptima opção na deslocação para o local de trabalho o que, por arrastamento, permitirá descongestionar o trânsito e salvaguardar o meio ambiente pois haverá menos trânsito automóvel a circular

“O Set.”: E em termos ambientais que características tem esta freguesia para oferecer aos seus residentes?

J.C.: A serra da Arrábida, um ex-líbris que está a ser candidata a património da Unesco, para além das praias que dispensam comentários porque têm tudo de bom para que a população veja aqui um ponto de interesse, dada a proximidade. De destacar ainda a importância do ar puro que aqui se respira, dadas as características da serra onde, aliás, se podem ainda fazer passeios pedestres, desfrutando desta grande beleza natural que a Arrábida nos oferece e é disso que temos que preservar.

“O Set.”: Qual é a grande preocupação da população desta área?

J.C.: Há duas questões que são de grande preocupação: o serviço de transportes públicos prestado a esta freguesia e o posto de saúde. No que respeita aos transportes públicos, os mesmos não circulam dentro da freguesia o que cria dificuldades. Aliás, vamos pedir uma reunião com o concessionário desta área para que percebam que tendo em conta as dificuldades que estamos a sentir com os aumentos, se calhar é uma mais valia rentabilizar a frota que têm, com o reforço dos circuitos dentro da freguesia. Quanto ao posto médico que dá apoio a esta freguesia está, em nosso entender, sem capacidade de resposta ás necessidades da população, principalmente no número de médicos disponíveis. Estes são dois problemas que são básicos na assistência a prestar à população, nomeadamente no que refere à prestação de cuidados médicos aos mais idosos, eles mais que ninguém os mais carenciados nesta área e importa ter aqui excelentes condições nessa matéria.

“O Set.”: Concorda com a fusão desta junta de freguesia com a de S. Lourenço?

J.C.: Não. Nem sequer contribuiria para a resolução de alguns problemas que mais condicionam e dificultam o dia a dia das freguesias e que são, a escassez de verbas colocadas à sua disposição e a transição para a esfera própria das freguesias das competências que actualmente lhes são delegadas pelos municípios. Depois, quando se fala se a fusão das freguesias resultaria em benefícios, dizemos que não! Iria contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas? Não! Será que proporcionaria uma melhoria dos serviços prestados pela autarquia? Não! Somos contra a fusão das freguesias porque a unidade territorial que daí resultaria cresceria apenas em tamanho, diminuindo certamente no número de eleitos, contribuindo naturalmente para um afastamento das populações dos seus eleitos. Dizer ainda que somos contra porque esta poria em causa, inevitavelmente, a manutenção dos postos de trabalho actualmente existentes e pondo a descoberto os apregoados critérios de rentabilidade.

“O Set.”: Vai recandidatar-se ao cargo?

J.C.: Sabe o que me preocupa na minha pessoa, no nosso executivo e nos nossos eleitos CDU? É o dia a dia, a semana a semana, o mês a mês… não decepcionar aqueles que nos procuraram, aqueles que apostaram em nós, aqueles que habitam nesta freguesia e por isso não olhamos a horas, dias, crenças religiosas, nem factores clubistas e muito menos políticos para apoiar seja o que for, desde que ideias válidas e importantes para o bem estar da população. Se me vou recandidatar ainda é cedo para essa pergunta e sabe que nós CDU funcionamos, em minha opinião da melhor forma que existe na política, portanto não lhe posso responder e o que posso é dizer-lhe que sinto que a CDU está a fazer um bom trabalho nesta freguesia e que estamos empenhados para a melhoria das condições da população. Se vou recandidatar-me isso só o futuro o dirá, até porque é uma questão política, pessoal, mas ainda é cedo para responder e eu estou disponível para aquilo que o meu partido entender ser o melhor para a freguesia.

In O Setubalense 28/11/2011/ Ana Maria Santos

02/12/2011

“Espírito de Natal em Azeitão”

Azeitão assinala a quadra natalícia com um vasto programa que durante o mes de dezembro, promove a cultura e a solidariedade com atividades para a população.
“Espírito de Natal em Azeitão” é um projeto desenvolvido pela Câmara Municipal de Setúbal em parceria com instituições e coletividades e juntas das freguesias de Azeitão.
O programa inclui a “Temporada Musical nas Igrejas de Azeitão”, com concertos no dia 14, na Igreja de S. Lourenço, da escola de violinos da Perpétua Azeitonense e do Coro Gospel de Azeitão, e no dia 18, na Capela de S. Marcos, Oleiros, com Hugo Passeira, no piano, e Tiago Paiva, no clarinete.
Segue-se Raquel Afonso, no piano, e Clara Gomes, no violino, no dia 21, na capela da Aldeia de Irmãos, e a atuação da escola de violas da Perpétua e o concerto “Jogralesca”, de John Fletcher, no dia 28, na capela da Aldeia de S. Pedro. Todos os espetáculos têm início às 21h30.
O programa de S. Lourenço inclui, ainda, uma venda de Natal e o espaço “Azeitão Solidária”, nos dias 17 e 18, em Vila Nogueira. Antes, a 16, na Igreja de S. Lourenço, às 21h30, há a peça de teatro “Lição do Presépio” e, a 17, à mesma hora, na Igreja de Vila Fresca, o auto de Natal “Maria, Mãe de Jesus”. No dia 18, às 12h30, há um presépio vivo no átrio da Igreja de S. Lourenço.

1º de Dezembro: Extinguir feriado é "murro ao patriotismo"

A proposta do Governo de extinguir o feriado do 1º de Dezembro é "um murro ao patriotismo", disse hoje o presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, durante as cerimónias de comemoração do dia da Restauração em Lisboa.
"Portugal seria caso único no mundo" se não celebrar o seu dia da independência, disse José Alarcão Troni durante a cerimónia da Praça dos Restauradores, no centro da capital, onde estiveram cerca de 200 pessoas.
A Câmara de Lisboa foi representada pelo vereador Manuel Brito (PS), cujo discurso foi abafado pelos gritos de algumas dezenas de jovens. Os jovens pertenciam ao Movimento de Oposição Nacional (MON, uma organização nacionalista) e gritavam "Políticos para a prisão".
Júlio Tomé, porta-voz do MON, disse tratar-se de um "movimento essencialmente patriota" que quer "defender os interesses do nosso país": "Queremos que se faça justiça, que não engordem mais os políticos, que o dinheiro vá para quem precisa, os portugueses mais pobres, com mais dificuldades."
A cerimónia decorreu sem mais incidentes. Além de bandeiras do MON, via-se entre a audiência uma faixa dos Amigos de Olivença ("Olivença é terra portuguesa") e algumas bandeiras brancas e azuis da monarquia.
Os participantes na cerimónia, entre os quais representantes dos três ramos militares, depuseram coroas de flores junto ao monumento aos restauradores. A banda da Armada e um coro infantil interpretaram o hino de Portugal.
O evento foi ensombrado pela perspectiva de este ser o último dia da Restauração a valer como feriado (em 2012, o 01 de Dezembro será um sábado).
"É um golpe na identidade e autoestima do país extinguir um feriado que é matriz de todos os outros", disse à imprensa José Alarcão Troni, assegurando que a Sociedade Histórica da Independência irá continuar a celebrar a Restauração "a 1 de Dezembro, como há 150 anos as comemora, seja feriado ou não".
"Quem decidiu [extinguir o feriado] não conhece a história de Portugal", disse ainda Troni. "O 1.º de Dezembro e o 10 de Junho são feriados identitários que unem a nação portuguesa. O resto é circunstancial. Os outros [feriados] têm a ver com a história recente de Portugal ou até com um movimento internacional, como o 1.º de Maio", acrescentou.
A 1 de Dezembro de 1640 começou em Lisboa uma revolta, instigada pelo grupo dos "40 conjurados", que resultou na rejeição da dinastia filipina e na restauração da independência de Portugal.

por Lusa 01/12/2011

29/11/2011

Defender a Arrábida a Património da Humanidade é um dever de todos

A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), assumiu a promoção da candidatura da Arrábida a Património Mundial da Humanidade, em parceria com o Instituto da Conservação Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e as Câmaras Municipais de Palmela, Sesimbra e Setúbal. Logo se juntaram a estes, outros serviços públicos e da sociedade civil, bem como dezenas de setubalenses e amigos da região para se baterem pela aprovação desta candidatura. Eu fui um dos convidados. Aceitar não foi um favor mas um dever. Ou melhor: foi uma grande honra.

Arrábida não é nossa, foi nos legada. Por isso, temos que a estimar e cuidar muito bem dela para a podermos deixar aos nossos vindouros. Conseguir que a Arrábida seja considerada pela Unesco como Património Mundial fará com que toda a Humanidade colabore na criação de condições para a defender de tudo que a possa agredir, conservando-a como um local natural de valor ímpar pela sua beleza, um museu a céu aberto de processos geológicos demonstrativos da história da vida na Terra e um jardim a perder de vista de enorme riqueza florística, alguma única no mundo. A Serra Mãe tem sido, ao longo da sua história, estudada por muitos cientistas; cantada por músicos populares e eruditos; descrita por prosadores e poetas, sendo Sebastião da Gama, o mais eloquente; rezada por místicos. Sempre que alguém, de outras regiões dos pais ou de outras paragens do mundo me visita não deixo que parta sem conhecer a nossa “joia da coroa”. Ninguém fica indiferente a uma paisagem de tão grande esplendor, a uma herança geológica, ecológica e cultural preciosas. Ficam sempre deslumbradas com tanta beleza estética expressa no entrelaçar entre a natureza e a cultura; nos contrastes das cores dadas pelo mar, a terra, o céu e a serra.

o já muitas as organizações e pessoas que se comprometeram a promover esta candidatura. Mas só estas não chegam. Este terá que ser um desígnio nacional. Para isso, é necessário que os habitantes da Região de Setúbal deem o exemplo e todos se unam em torno desta causa. As famílias, as escolas, as instituições culturais, recreativas, solidárias e desportivas, as Igrejas… promovam visitas guiadas à Serra para se seja mais conhecida e amada; organizem campanhas de preservação do ambiente, levando à não deposição de lixos e à remoção dos existentes; organizem equipas de voluntariado ambiental para prevenirem situações que possam atentar contra tão singular património e avisar, atempadamente, as autoridades competentes.
 

O Poder Local seja capaz, com o apoio incondicional do Governo, de encontrar uma solução mais favorável para a conservação da Serra, evitando desequilíbrios ambientais e contribuindo para a diminuição da beleza, nomeadamente no que respeita à manutenção da Fábrica de Cimentos; a reutilização de edificados devolutos para fins turísticos, concretamente, as instalações militares; a construção de infraestruturas que estimulem o turismo sem agredir o ambiente, como por exemplo o acesso mais facilitado às praias; a recolha de cães que deambulam pela Serra, selvaticamente abandonados pelos donos, que esfomeados se tornam muito perigosos.
A cada cidadão pede - se que cuide da nossa Serra como uma pérola preciosa. Contribua para que se mantenha sempre limpa; não destrua a vegetação porque pode mesmo estar a aniquilar espécies únicas no mundo; desfrute de espaços tão aprazíveis, confraternizando com familiares e amigos, mas deixe tudo em melhores condições do que encontrou; faça registos fotográficos da Serra e coloque-as nas redes sociais ou mande-as a pessoas que vivam noutras latitudes do Planeta, etc.

Será difícil à Unesco encontrar justificações para não reconhecer a Arrábida como Património Mundial da Humanidade, pelo que estou confiante que a candidatura será aprovada. Mas se, por ironia, isso não acontecesse, a nossa Serra não deixará de ser um Património do Mundo, pois não é a humanidade que valoriza a Arrábida mas ela que lhe acrescenta valor. Que não sejam os que mais usufruem dela a desvalorizar tão precioso património. Seria uma grande ingratidão.

 
 


(Presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal e da Cáritas Portuguesa)

Rede de drenagem de águas residuais em Brejos de Azeitão

Uma rede de drenagem de águas residuais domésticas foi instalada recentemente na Rua do Emigrante, em Brejos de Azeitão, dotando esta área habitacional de infraestruturas de saneamento que garantem o adequado tratamento dos efluentes.

A intervenção, numa empreitada liderada pela Câmara Municipal de Setúbal cujo investimento rondou os 27 mil euros, solucionou um problema que afetava esta zona residencial, onde as águas residuais geradas eram encaminhadas para fossas séticas particulares.

A obra, executada em pouco mais de um mês, consistiu na implementação de tubagem de saneamento numa extensão aproximada de 380 metros lineares, na construção de caixas de visita e na ligação dos respetivos ramais em lotes construídos e ainda por construir.

In Rostos

Objetivo: compensar os produtores de cortiça que adotem boas práticas ambientais


A Coca-Cola Portugal associou-se à organização  ambiental WWF, atribuindo 30 mil euros anuais, para ajudar num projeto que  tem por objetivo compensar os produtores de cortiça que adotem boas práticas  ambientais. 

O Green Heart of Cork (GHoC) é o novo projeto da WWF - World Wide Fund  for Nature que, segundo o seu coordenador "visa a conservação da maior mancha  de sobreiro do mundo, localizada no vale inferior do Tejo e do Sado, numa  área de um milhão de hectares e sobre o maior aquífero ibérico".
 
A iniciativa tem como objetivo compensar os proprietários rurais que  contribuem para a retenção do carbono, a formação do solo, a regulação do  ciclo da água e a proteção da biodiversidade, através da certificação da  cortiça produzida nessas zonas. 

As duas entidades deslocaram-se hoje a Coruche para fazer uma visita  a uma das herdades onde será desenvolvido o projeto já que é a região onde  há a maior concentração de produtores de cortiça.   Até ao momento já foram certificados 50 mil hectares e já foi pedida  a certificação de mais 10 mil. "Procuramos proprietários que façam uma boa gestão das suas propriedades.  A maneira como asseguramos que essa gestão está a ser feita de forma adequada  é através de um sistema de certificação independente", disse Luís Silva,  coordenador do programa de conservação da WWF em Portugal, à agência Lusa.

A certificação será atribuída pela Forest Stewardship Council (FSC)  e isso, destacou Luís Silva, trará vantagens para os produtores de cortiça. "Queremos incentivá-los à certificação pois já perceberam que isso é  um investimento válido, porque o produto florestal que vão vender, neste  caso a cortiça, terá uma mais valia se tiver certificada e será vendida  mais facilmente", afirmou o responsável. 

O projeto foi lançado há cerca de um mês, o balanço até agora tem sido  positivo mas, Luís Silva, espera que mais empresas e proprietários adiram  à iniciativa nos próximos meses. 

"O contexto não é dos mais favoráveis mas as empresas têm de compreender  que, para a sustentabilidade a médio longo prazo da sua atividade, necessitam  dos recursos naturais disponíveis", salientou o coordenador do projeto.

A Coca-Cola Portugal, foi até ao momento, a única empresa que se associou  à iniciativa Green Heart of Cork (GHoC), com a atribuição de 30 mil euros  anuais, inserida no âmbito da política de responsabilidade social da empresa.

A fábrica Refrige, única unidade de engarrafamento de bebidas do Grupo  Coca-Cola, sediada em Azeitão, é abrangida pelo maior aquífero ibérico que  vai desde a zona de Santarém, passa pela península de Setúbal e prologa-se  até à zona de Grândola. "Este projeto de preservação do sobreiro e da cortiça irá trazer benefícios  qualitativos para o aquífero, donde nós extraímos a água para produzir os  nossos produtos na fábrica", explicou a ligação a este projeto o diretor  das relações externas da empresa, Tiago Santos Lima. 

Além dessa razão, o facto de "ser uma coisa original, local e o único  projeto a nível mundial de responsabilidade social na área ambiental que  está a apoiar a cortiça", também cativaram a empresa a aderir, referiu Tiago  Santos Lima, que estima que a parceria dure três anos. 
      
 In Lusa

Ainda virá a moda de se pedir um moscatel à sobremesa

António Soares Franco aposta na promoção
Fotografia © Steven Governo/Global Imagens
Além de produzir um dos vinhos generosos mais antigos do País, a José Maria da Fonseca tem mais de 30 marcas próprias.

O caminho tem sido longo para levar o moscatel de Setúbal até às mesas portuguesas. Mas a aposta tem ganho terreno, embora os estudos de mercado não deixem dúvidas sobre o desconhecimento que os portugueses ainda têm deste néctar "nascido e criado" sob a influência do microclima da serra da Arrábida. A promoção vem dando frutos, ainda que quase a conta-gotas, enquanto os prémios internacionais ajudam a catapultar este "vinho generoso" para um patamar mais acima. Já é a bandeira (ou será coqueluche?) da histórica casa em Azeitão José Maria da Fonseca (JMF). Mesmo representando apenas 10% da comercialização da empresa familiar.
Chegou o momento de a própria produção dar ideias aos consumidores. A proposta parte do presidente do conselho de administração da JMF, António Soares Franco: "Nesta época do ano, estar sentado à lareira a comer castanhas assadas, acompanhadas com um moscatel, é uma excelente combinação", sugere, embora prefira alertar para a importância de os chefs de cozinha começarem a estudar "finais de refeição" em que o moscatel assente que nem uma luva.
"As bebidas espirituosas estão em queda livre, o que abre boas possibilidades a um cálice de moscatel", acredita António Soares Franco, admitindo que quando a maioria dos portugueses conhecer este vinho licoroso - que hoje tem saída apenas na zona da Grande Lisboa - "talvez o venham pedir à sobremesa".
Afinal, garante, está em causa "um produto que tem uma boa imagem e que está muito acessível na qualidade/preço", embora alerte a concorrência para o facto de que nunca deverá colocar uma garrafa no mercado abaixo dos quatros euros. Precisamente com o intuito de a imagem não ser beliscada. "Temos de ganhar estatuto e arranjar forma de comunicar com os restaurantes", nota.
As vendas anuais da JMF rondam os 500 mil litros de moscatel, um dos mais antigos vinhos generosos de Portugal, a par dos vinhos do Porto e da Madeira, que lhe valeu a demarcação de origem há mais de um século, embora a sua história remonte aos tempos de Luís XIV. Já então se consumia moscatel de Setúbal no estrangeiro, para onde hoje são exportados apenas cerca de 10% da produção, a repartir por 20 países.
Os nórdicos, os norte-americanos e os brasileiros são os principais clientes. Haveria mais interessados, mas a produção está praticamente toda vendida em Portugal, tratando-se de um vinho que precisa de envelhecimento, não podendo ir para o mercado antes dos quatro ou cinco anos de estágio.
Mas é caso para dizer que na JMF há mais vida para além do moscatel. Há todo um "império vinícola", traduzido na produção de mais de 30 marcas de vinho, que foi sendo conquistado a pulso desde o longínquo 1834, quando José Maria da Fonseca, filho de um comerciante no Cais do Sodré, avançou para este negócio, que se prolongou por gerações e que hoje chega a exportar cerca de 80% da produção.
A família viria a passar um mau bocado no período pós-25 de Abril, acabando por ter de vender 51% da empresa a um sócio americano, em 1985. O juro estava a 35% e era pago à cabeça. Matava qualquer tentativa de negócio. Mas havia de recuperar a "casa-mãe", depois de pagar dívidas, comprar adegas e reequipá-las. Deu um salto decisivo no mercado e em 1996 já estava de malas e bagagens na JMF.
Ainda hoje António Soares Franco recorda o regresso a casa com orgulho. Para este engenheiro formado no Instituto Superior de Economia, onde fez o último exame na noite de 27 de Novembro de 1974, em pleno recolher obrigatório, mesmo em tempo de crise "não há tempo para parar".
In DN/Roberto Dores

16/11/2011

Mar levou a areia e deixou amontoado de pedras na praia do Portinho da Arrábida

A reposição de areia na praia do Portinho é uma prioridade da direcção do Clube da Arrábida, entidade que não se conforma com o amontoado de pedras naquela que é considerada uma das praias mais bonitas do país.

“O que se passa aqui na praia do Portinho é um problema de desassoreamento, em que a areia tem diminuído brutalmente. É uma praia que está considerada como uma das sete maravilhas nacionais, mas que, hoje em dia, é só pedras”, disse à Lusa o director do clube, João Cerqueira.

Queremos perceber as causas deste fenómeno, as soluções que existem e a quem compete implementar essas soluções”, acrescentou, durante uma visita à praia do Portinho da Arrábida.

Segundo João Cerqueira, parte da areia da praia levada pelo mar tem sido depositada a poucos metros da linha de costa, designadamente nas imediações de um afloramento rochoso conhecido por ‘Pedra da Anicha’, onde havia uma profundidade de cinco metros, mas que actualmente é de, apenas, cerca de dois metros.

Para tentar perceber as razões do desassoreamento progressivo da praia do Portinho ao longo dos últimos cinco ou seis anos, o Clube da Arrábida decidiu organizar um colóquio - “Desassoreamento da Arrábida - causas e soluções” -, com a colaboração do Parque Natural da Arrábida e da Câmara de Setúbal.

Na iniciativa, que se realizará quarta-feira em Setúbal, participam especialistas da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. “Esperamos que este colóquio, para além de nos permitir identificar as razões do desassoreamento da praia, nos permita também perceber como travar e inverter este processo”, disse João Cerqueira, adiantando que há dois tipos de soluções conhecidas. “Uma delas passa pela construção de pontões em determinados sítios, que criem correntes marítimas que tragam a areia de volta daqui a muitas dezenas de anos. Outra solução, mais rápida, seria pura e simplesmente repor a areia, com uma draga aqui em frente”, acrescentou João Cerqueira, reconhecendo, no entanto, que qualquer destas soluções tem custos elevados.

13.11.2011 - 11:47 Por Lusa

28/10/2011

José Mourinho apoia candidatura da Arrábida a Património Mundial

 "A iniciativa de candidatar a Arrábida a Património Mundial, promovendo a sua protecção e valorização, estimulando o conhecimento e a descoberta deste património, apostando na harmoniosa relação entre natureza e comunidades locais, merece o envolvimento de todos, pelo que é com enorme satisfação que me associo a este processo, integrando a sua Comissão de Honra, acreditando no sucesso desta candidatura.” - afirma José Mourinho, o melhor treinador do Mundo - que é natural de Setúbal, ao expressar o seu apoio à candidatura da Arrábida a Património Mundial.

O melhor treinador do Mundo - que é natural de Setúbal, expressou o seu apoio à candidatura da Arrábida a Património Mundial. José Mourinho é uma das honrosas personalidades que fazem parte da Comissão de Honra da Arrábida a Património Mundial, cuja cerimónia de instalação se realiza hoje, dia 28 de Outubro, pelas 17h00, na Igreja de Santiago do Castelo de Palmela.

As palavras de José Mourinho sobre Arrábida Património Mundial:


“Para quem sempre teve a Arrábida como vizinha é fácil compreender que os seus mistérios, a relação que nela se estabelece entre a terra e mar, a hospitalidade com que a serra, as suas praias, os seus recantos acolhem o visitante, abraçando-o com paisagens únicas, constituem um património extraordinário que merece ser conhecido e reconhecido.
A iniciativa de candidatar a Arrábida a Património Mundial, promovendo a sua protecção e valorização, estimulando o conhecimento e a descoberta deste património, apostando na harmoniosa relação entre natureza e comunidades locais, merece o envolvimento de todos, pelo que é com enorme satisfação que me associo a este processo, integrando a sua Comissão de Honra, acreditando no sucesso desta candidatura.”


(NOTICIA IN ROSTOS.PT)

12/09/2011

O lançamento da primeira pedra da intervenção urbanística a realizar em Vale de Cães, em Brejos de Azeitão, consta no programa comemorativo do Dia de Bocage e da Cidade de Setúbal

O lançamento da primeira pedra da intervenção urbanística a realizar em Vale de Cães, em Brejos de Azeitão, freguesia de S. Lourenço é uma das iniciativas relacionadas com empreitadas estruturantes para Setúbal que constam do programa comemorativo do Dia de Bocage e da Cidade, a 15 de setembro.

O ato que se realiza pelas 12h30 e que materializa o arranque desta importante empreitada para a população de Brejos de Azeitão, tem o preço base fixado em 995 mil e 688 euros e um prazo máximo de execução de 18 meses.

O projecto, numa área total de cerca de 28 mil metros quadrados, contempla a pavimentação de diversos arruamentos, que se encontram irregulares e em terra batida, a definição do traçado da rede viária e o estabelecimento de sentidos de trânsito, com a colocação de sinalização vertical.

A extensão da rede viária a construir é de cerca de três quilómetros, prevendo-se igualmente a construção de um total de 13 mil metros quadrados de passeio em blocos de betão e a criação de 170 lugares de estacionamento.

A intervenção contempla também a instalação de infra-estruturas de saneamento básico, a implantação de dois colectores – um doméstico e outro pluvial, numa extensão de cerca de 1,3 e 2,8 quilómetros, respectivamente – e a substituição de um troço da rede de abastecimento de água na Rua Família Bronze.

A instalação de nove marcos de água e a definição de 21 reentrâncias para contentores de resíduos sólidos urbanos fazem também parte da empreitada, que abrange 20 arruamentos.

Fazem parte da intervenção as ruas Sociedade Musical Brejo de Clérigo (até ao cruzamento das ruas Família Bronze e Rainha D. Amélia), Pinhal do Povo, Paulo da Gama, Pedro Álvares Cabral, S. João de Brito, Gil Eanes, Bartolomeu Dias, dos Açores, Angra do Heroísmo, Diogo Cão, dos Descobrimentos, João Gonçalves Zarco, Pedro de Sintra, Diogo de Silves, Álvaro Fernandes, Dinis Dias, Santa Efigénia, Impasse I, Impasse e II e ainda um arruamento sem toponímia.

O programa comemorativo do Dia de Bocage e da Cidade inclui ainda, pelas 15h00, a inauguração dos arranjos exteriores da Praceta Interior à Avenida Avelar Brotero, na freguesia de Santa Maria da Graça e às 16h00 a consignação da fase final da intervenção “Ampliação e Modernização do Fórum Municipal Luísa Todi”, projeto do ReSet – Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Setúbal.

FONTE: Camara Municipal de Setúbal