Comboio da Biodiversidade já andou na nossa Serra da Arrábida

Partiu no passado sábado 13 de Março pelas 10h, da estação de Santa Apolónia, com destino a Setúbal, o Comboio da Biodiversidade. Viagem circular atravessa o estuário do Tejo e o vale do Sado, e dá direito a passeio de autocarro na Serra da Arrábida.

Chamam-lhe o Comboio da Biodiversidade e tem como objectivo "sensibilizar a população em geral para o facto de a sua sobrevivência enquanto espécie depender da diversidade biológica", afirma Margarida Santos Reis, uma das organizadoras do evento. Outro objectivo do passeio é apoiar a candidatura da Arrábida a património mundial da UNESCO.

O comboio foi escolhido como meio de transporte por ser ecologicamente sustentável.
Os guias desta viagem são investigadores da Universidade de Lisboa, entre os quais João ferrão, ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território.

Vão falar da importância do planeamento na conservação, do património natural e do impacto das alterações climáticas na região que o comboio vai atravessar.

A viagem começa em Santa Apolónia, em Lisboa e o Comboio da Biodiversidade atravessará o estuário do Tejo e o vale do Sado, dndo direito aainda a im passeio de autocarro na Serra da Arrábida.

Esta é a primeira de um conjunto de iniciativas promovidas pelo Museu Nacional de História Natural e pelo Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa, no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade.

Concerto a fechar

O programa congrega três eixos: conhecimento, tecnologia e cultura. O menu é diversificado.

Realizar-se-ão dois ciclos de conferências sobre estas temáticas e o Museu de História Natural, em Lisboa, acolherá duas exposições: uma dedicada aos insectos, "sem os quais o sistema natural colapsaria", como refere Margarida Santos Reis; e outra dedicada aos lobos, linces e águias-reais, três das espécies ibéricas mais ameaçadas de extinção.

De norte a sul do país serão criados trilhos da natureza e Estações da Biodiversidade. No dia B, a 22 de Maio, a organização pretende atrair gente de todas as idades e levá-las para a rua a observar a natureza, colocando essa informação, com a sua identificação, no sítio do Bioeventos.

Como "biodiverso" que é, o programa termina com um concerto em Novembro, apadrinhado por Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés.

Ver mais em http://bioeventos2010.ul.pt
Carla Tomás (www.expresso.pt)