No bairro da Brejoeira, para além do corte da rua de Almada Negreiros, a queda de um eucalipto de grande porte provocou ainda a destruição total de um imóvel habitacional, propriedade de um Azeitonense actualmente a trabalhar na Belgica, facto que ajudou a não acontecer mais um acidente dramático com perca de vidas humanas, ficando apenas a perda de bens materiais.
O Cidadania Azeitão veio a saber através de conversa telefónica com o proprietário do imóvel que o mesmo já tinha diligenciado várias vezes junto dos serviços da Junta de freguesia de São Lourenço o pedido para corte dos eucaliptos, alertando para o perigo consequente da queda dessas árvores, obtendo sempre a resposta dos responsáveis autarcas que a responsabilidade do referido abate é dos proprietários dos terrenos onde estão implantadas a árvores e nunca da autarquia.
E AGORA…QUEM É O CULPADO???…
Mais uma vez a culpa vai morrer solteira!!!!!!
Dizemos que a culpa vai voltar a morrer solteira porque, voltas dadas, contas feitas, não se vai conseguir descobrir o culpado, a criatura que não valorizou a preocupação do munícipe a solicitar acção para o facto, o responsável último da acção nefasta. Quando o que está em causa é ilícito ou criminoso, percebe-se que assim seja. Quando, no entanto, o que está em causa é trivial ou, mesmo não sendo, não tem consequências definitivas, fica estranho não haver responsáveis.
Parece que, entre nós, é especialmente difícil assumir que cometemos erros, nos enganámos, avaliámos mal a situação, desempenhámos ineficazmente a tarefa de que estávamos incumbidos, fomos arrogantes, desprezámos indicadores vitais, não tínhamos razão, desmotivámo-nos, desinteressámo-nos, facilitámos, confiámos em quem não devíamos, não tivemos atenção, enfim, o que se queira, sempre no território das desculpas que, ainda assim, não fogem da assunção de responsabilidades.
Dir-se-ia que se confunde culpa com castigo. Que parece que acreditamos que basta dizermos que errámos para merecer a sanção colectiva do desamor, do desrespeito ou do desprezo e que, por essa via, acreditando que a sorte de um homem é escapar, vale tudo para instalar a dúvida e fugir à punição. Ou, então, e igualmente grave, que obliteramos o senso de responsabilidade e não o desenvolvemos o suficiente para viver pacatamente em sociedade.
Chegados aqui, parece que temos de concluir uma de duas coisas: ou somos, de facto, todos educados e educamos com tantos "panos quentes" que assumir o que quer que seja que implique responsabilidade própria parece de mais para nós, ou tememos mais a crítica social do que estimamos a velha e boa ideia de termos a consciência tranquila. Em qualquer dos casos, venha o Diabo e escolha.
luis rosado santos - luis.santos@sindel.pt
2 comentários:
é de lamentar msm depois do k aconteceu inda poxam ter deixado as outas arvores la :s kaiu na noxa casa sorte noxa n tarmos la mas os moradores vixinhos correm grande risco enkuanto as outras arvores n sairem de la,fikaram agr no eskecimento :s de kem é a culpa ???!!pois qdo toka a ixo ninguem a tem.
Na hora do aperto todos fizeram promessas e agora parece que já caiu mais uma vez no esquecimento... a câmara disse que ia marcar uma reunião logo nos dias seguintes e até agora nada... o proprietário do terreno nem vê-lo... deve estar com medo e é bom que tenha porque o que se passou foi muito grave.
Sei que isto vai ter que se arrastar pelos tribunais e todos vao lavar as suas mãos e que vai ter que pagar mais uma vez são as pessoas lesadas...
Vamos aguardar com impaciência.
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